Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor! (Jn 2.7)
Quem
precisava mais da misericórdia do Senhor? A tripulação do navio? Os 120
mil habitantes de Nínive? O rei de Nínive e seus nobres? Aqueles que
invocavam deuses estranhos? Aqueles que praticavam a violência em
Nínive?
Na verdade, quem precisava mais da misericórdia
do Senhor era Jonas. Como descendente de Abraão, como profeta
vocacionado, como instrumento escolhido para pregar uma mensagem urgente
e específica na capital da Assíria, o profeta não poderia em hipótese
alguma viajar em direção diametralmente contrária a Nínive. Por ter se
rebelado contra Deus, Jonas passou por experiências assustadoras. A
sobrevivência seria possível só mesmo pela misericórdia do Senhor.
Nunca
por merecimento e sempre por misericórdia, Deus ouviu a sua oração (Jn
2.7), o seu clamor (Jn 2.2), o seu grito de socorro (Jn 2.2), a sua
confissão (Jn 1.12) o seu cântico de gratidão (Jn 2.9) e as suas
promessas (Jn 2.9). Nadando em misericórdias e sobrevivendo por causa
delas, o profeta jamais deveria criticar as misericórdias do Senhor
dispensadas aos ninivitas!
A misericórdia divina é para os outros e também para mim.
Retirado de Refeições Diárias com os Profetas Menores (Editora Ultimato, 2004)
Retirado de Refeições Diárias com os Profetas Menores (Editora Ultimato, 2004)
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